LONDRINA – A evolução da Equipe Prati-Donaduzi voltou a ser confirmada nos treinos livres desta sexta-feira que abriram a programação da quarta etapa da Stock Car. Debaixo de forte calor – temperatura ambiente de 32 graus e do asfalto passando dos 40 – no autódromo de Londrina, o paranaense Julio Campos fechou o Top 5 das duas sessões, liderado por Átila Abreu (Shell) e completado por Felipe Fraga, Lucas Foresti, ambos da Cimed Racing, e Max Wilson (RC). O tempo estabelecido por Átila na segunda sessão (1min10s636) superou em 332 milésimos a marca de Campos.
Campos vem de dois terceiros lugares há duas semanas no Velopark, resultados que o elevaram à quarta colocação na classificação e o jogaram na briga pela ponta da tabela, ocupada pelo atual campeão Daniel Serra (RC), dono de um discreto 16º lugar nos primeiros ensaios. Rápido desde o breve shakedown da manhã, Campos ficou satisfeito com o desempenho no abrasivo e estreito circuito do norte do Paraná. “O carro está muito bom, como vimos no Velopark. Está faltando apenas acertarmos o trecho 3. Precisamos entender o que tem de traçado e de carro para melhorar. Resolvendo isso, temos todas as chances de brigar pela pole”, disse.
A meteorologia indica que as possibilidades de chuva ao longo dos próximos dias praticamente inexistem. Severa com o consumo da borracha, a pista de Londrina está merecendo uma preocupação especial por parte dos pilotos. “Os pneus devem acabar rapidamente. Vamos ter de trabalhar pensando nesse aspecto”, continuou Campos, que neste domingo vai correr em busca de uma vitória que não saboreia desde 2016.
Embora contente com o desempenho de Campos, o diretor-técnico da Prati-Donaduzzi afirmou que a posição na folha de tempos acabou ditada mesmo pelo último trecho. “O carro do Julio já desembarcou virando rápido. Com pneus usados chegou a ser o mais veloz. Nosso pequeno déficit é na última parte do traçado, mas com ele considero que estamos num caminho muito bom. Estranho é o que aconteceu com o Pizzonia. O acerto do Julio não funcionou para ele e mudamos para a segunda sessão, usando a linha que deu certo aqui no ano passado. Também não acertamos e voltamos novamente para as regulagens anteriores, mas o carro também não respondeu. Vamos ter de fazer uma análise minuciosa para ver se há algo errado com a geometria ou até de aerodinâmica que não percebemos durante o treino”, explicou Rodolpho Mattheis.
Pizzonia fechou a prática em 28º sem esconder a desolação. “O balanço não está legal. Pode haver algo quebrado no carro. Nem usei os pneus zero porque nem fazia sentido desperdiçar um jogo novo naquelas condições. Vamos precisar trabalhar duro para reverter essa situação. Por algum motivo, meu carro só está rendendo bem na reta”, relatou, decepcionado com a frustração inicial das expectativas num traçado onde conquistou um excelente 4º lugar na segunda prova da rodada dupla do ano passado.