A Equipe Prati-Donaduzzi vai a Londrina, palco neste domingo da quarta etapa da Stock Car, com uma meta clara: encontrar os cerca de dois décimos de segundo em ritmo de prova que ainda separariam os carros do paranaense Julio Campos e do amazonense Antonio Pizzonia do atual campeão e líder Daniel Serra. “Éramos cinco décimos piores que os mais velozes em Curitiba. Reduzimos bastante essa diferença no Velopark. Agora vamos buscar esses dois décimos favoráveis ao Serrinha”, avisou o diretor-técnico Rodolpho Mattheis.
A Prati-Donaduzzi deu um salto enorme no Rio Grande do Sul, confirmando a evolução percebida desde o Paraná. Com os dois terceiros lugares, repetindo a façanha na mesma pista em 2015, Campos subiu para a quarta colocação no campeonato, enquanto a equipe só tem agora a Cimed e a RC à sua frente. “O déficit de velocidade caiu bastante. O Daniel é que ainda tem um ‘pace’ de corrida melhor. Acho que encostamos nos carros da Shell, principalmente o do Átila Abreu, embora o do Ricardo Zonta estivesse um pouco melhor que o nosso na primeira bateria”, comparou Mattheis. “Estamos na briga, mas ainda precisamos remar mais um pouquinho para alcançar o Daniel”, acrescentou.
Destaque com os 36 pontos que o transformaram no principal pontuador no Velopark, Campos concordou com a avaliação do chefe. “Na verdade, os carros do Serrinha e do Zonta são os que mais se sobressaem desde a metade do ano passado. São os caras a serem batidos. Estamos muito próximos dos demais, mas ainda faltam uns dois deciminhos de batida de corrida para encararmos o Serrinha”, avaliou.
Pizzonia, abatido por uma série de problemas no Velopark – desde a chuva mais forte no qualifying, passando pela entrada do motor em modo de segurança na tentativa de volta rápida e as dificuldades com o radiocomunicador na corrida -, é outro que vê a etapa do norte paranaense com otimismo. “Foram situações pontuais, mas nosso crescimento é visível desde Curitiba. Vamos com tudo para aproveitar essa boa fase”, disse. No ano passado, Pizzonia conquistou na segunda prova um excelente quarto lugar, depois de uma acirrada batalha contra Rubens Barrichello pela última vaga ao pódio.
Com duas retas longas, trechos em aclive e declive e limitadas áreas de escape, Londrina é sempre um desafio à capacidade dos engenheiros e à habilidade dos pilotos. “Existe alguma similaridade com o Velopark. A grande diferença é a velocidade maior das curvas, principalmente no fim da reta oposta, e as frenagens mais fortes em descidas, o que muda o acerto nessas circunstâncias. O asfalto também é um pouquinho mais abrasivo que o do Velopark. Não é um circuito tão ruim em relação ao desgaste dos pneus. Ainda assim, é maior que o dessa última etapa. Mas estou feliz com a evolução dos carros e acredito que estaremos bem em Londrina”, concluiu Mattheis.