Maat: a Ordenação Cósmica

Egito: um país para além de se ver… sobretudo senti-lo. E Curitiba oferece algo para se viver uma experiência inesquecível! Estamos falando sobre o Complexo Egípcio da Ordem Rosacruz, AMORC. Está aberta a XVII Exposição de Longa Duração no Museu Egípcio e Rosacruz Tutankhamon que apresenta ao público o tema “Maat: ordem e equilíbrio no Egito Antigo” com a exibição de 150 peças que levam o visitante a entender a importância de Maat para os egípcios, além de alguns objetos que estão sendo expostos pela primeira vez, como as estátuas do faraó Tothmés III e da deusa Sekhmet.

Não há como compreender a sociedade egípcia antiga sem o conceito de ordem, verdade, justiça e equilíbrio. Estes eram personificados pela deusa Maat, filha do deus criador do mundo, Rá. Assim, a ideia é que quando o demiurgo passou a criar o mundo, este não poderia ocorrer sem Maat que também pode ser compreendida como a ordenação cósmica. “Pela sua importância na sociedade egípcia, Maat foi sempre citada nas nossas exposições e dessa vez decidimos organizar uma dedicada especificamente a esta deusa”, explica Vivian Tedardi, Supervisora Cultural da Ordem Rosacruz em Curitiba.

Em destaque nesta mostra está uma peça que é muito querida do público e que não era exposta a algum tempo: o busto da rainha Nefertiti, cujo original está no Museu de Berlim. Nefertiti foi esposa do faraó Akhenaton e sua imagem é um ícone do Egito Antigo. Vivian destaca que sua relação com a exposição é a de que as grandes esposas reais ajudavam seus maridos na manutenção da Ordem, desempenhando um importante papel junto da representação da monarquia egípcia.

A novidade desta mostra foi a produção de vídeos explicativos específicos. “Na sala 1A temos um que apresenta a deusa Maat e suas formas. Na sala 3 há dois vídeos: um relacionado ao Conto do Camponês Eloquente, sobre a importância de uma vida correta para a manutenção da ordem e da justiça e outro associado ao Livro dos Portões e a relação com Maat”, conta Vivian explicando que, no contexto do novo tema, a visita monitorada para escolas tem um roteiro que segue a organização temática da mostra, “nesse sentido os alunos vão aprender sobre o significado da deusa, a função dos faraós, a natureza e organização social, assim como a concepção de vida-além túmulo dos egípcios antigos”.

Responsável pelo Museu Egípcio, o historiador Ewerson Thiago da Silva Dubiela esclarece que, nesta exposição de longa duração, o visitante tem a oportunidade de conhecer Maat. “Sendo uma deusa e ao mesmo tempo um conceito, tivemos a oportunidade de trabalhar com o tangível para o egípcio antigo, ou seja, aquilo que podia ser observado e tocado, como os relevos, estátuas e amuletos; e ainda o intangível, que trata do conceito e da ideia do que era Maat e como ela deveria ser sentida e vivenciada todos os dias pelo povo do Nilo. Com essa exposição que mescla estes dois elementos, queremos que os visitantes se relacionem com o Egito Antigo por meio desse conceito fundamental.” E Vivian Tedardi complementa: “Quando falamos sobre os deuses egípcios poucos conhecem Maat. Essa exposição do Museu Egípcio permite que o visitante se familiarize com a deusa e reflita sobre sua importância, afinal a deusa reflete um conceito fundamental para a existência do mundo tal como os egípcios o concebiam.

A mostra “Maat: Ordem e Equilíbrio no Antigo Egito” está organizada da seguinte maneira:

Sala 1 – Estela de Roseta. Este tem sido um objeto fixo da exposição, pois a partir dela é possível contar sobre a decifração da escrita hieroglífica. Porém, para essa mostra foi realizada algumas modificações no ambiente com um novo texto explicativo, banner ilustrativo sobre o decifrador Jean François Champollion e buscou-se criar uma interação com o público a partir dos primeiros nomes de reis que foram traduzidos.

Sala 1A – É um espaço que foi incorporado para esta exposição. Nele encontra-se texto e vídeo de apresentação da exposição, além de telas do artista plástico Eduardo D’Ávila Vilela. Nestas o artista recriou cenas da vida no Egito Antigo.

Sala 2 – Aqui é apresentada a deusa Maat, o que ela significa, como é representada e sua mitologia. Também encontram-se explicações sobre a relação do faraó com Maat, afinal uma das principais funções reais era manter a ordem e a justiça no Egito.

Sala 3 – Neste ambiente dois temas foram explorados: a natureza e a sociedade. Se Maat é a ordenação cósmica, a natureza é sua expressão. O correto funcionamento da natureza é a ideia de que Maat impera. Por outro lado, socialmente todos têm uma função e devem exercê-la para que Maat continue existindo. Comportamentos que ferissem a moral egípcia eram vistos como momentos que podiam trazer o caos e afastar a ordenação essencial para a existência de tudo o que existia.

Sala 4 – Aqui está exposto o outro lado, Isfet, ou seja, o caos. Este podia chegar a qualquer momento. Há divindades que podiam ajudar a afastar o caos, como é o caso de Taweret, Bes e Sekhmet. Por fim, a mostra apresenta a relação da crença na vida além-túmulo e Maat. Logo após encontra-se a casa da eternidade da Múmia Tothmea.

A história egípcia é uma verdadeira obra de arte, uma narrativa de busca e descoberta com conceitos únicos e reveladores. Que tal conferir a XVII Exposição de Longa Duração “Maat: ordem e equilíbrio no Egito Antigo” e aproveitar a visita para rever a peça de maior destaque do museu?

Serviço:

Exposição: Maat: ordem e equilíbrio no Egito Antigo

Local: Museu Egípcio e Rosacruz Tutankhamon

Endereço: Rua Nicarágua, 2620 – Bacacheri – 82515-260 – Curitiba, Paraná.

Período para visitação:  até outubro de 2024.

Dias, horários e valores para visitação nos espaços culturais da Ordem Rosacruz, AMORC.

  • Terça à sexta-feira das 10h:00 às 16h:30 – com permanência nas exposições até às 17h:30.
  • Sábados, domingos e feriados (exceto às segundas-feiras) das 10h:00 às 16h:00 – com permanência nas exposições até às 17h:00.
  • Nas segundas-feiras os espaços estão fechados.

Museu Egípcio (XVII Exposição de Longa Duração) e Complexo Luxor (museu a céu aberto)

Entrada: 

R$ 10,00 inteira;

R$ 5,00 meia (estudantes rosacruzes, crianças até 12 anos, idosos, estudantes, professores mediante documento comprobatório, doadores de sangue e pessoas com necessidades especiais);

Museu O Rei Menino de Ouro: Tutankhamon.

Entrada: 

R$ 24,00 inteira;

R$ 12,00 meia (estudantes rosacruzes, crianças até 12 anos, idosos, estudantes, professores mediante documento comprobatório, doadores de sangue e pessoas com necessidades especiais);

Para visitar todos os espaços culturais da AMORC GLP:

R$ 34,00 inteira;

R$ 17,00 meia (estudantes rosacruzes, crianças até 12 anos, idosos, estudantes, professores mediante documento comprobatório, doadores de sangue e pessoas com necessidades especiais);

Redes Sociais Oficiais:

Museu Egípcio e Rosacruz

 @museuegipcioerosacruz

ColaboradorEmanuelle Spack

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