Artistas do Paraná participaram nos dias 18 e 19 de uma vivência pelo Litoral Paranaense para conhecer as ameaças aos remanescentes de Mata Atlântica da região. O grupo produziu no ano passado o clipe musical “Pare, Preste Atenção”, um protesto contra o projeto de lei que pretende reduzir a Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. Desta vez os artistas se uniram à Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Observatório de Justiça e Conservação (OJC), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Observatório de Conservação Costeira do Paraná (OC2), Associação MarBrasil e Hub Verde em uma visita à costa paranaense para debater o impacto ambiental de novos empreendimentos, como a construção do Porto de Pontal do Paraná e do eixo de infraestrutura entre Pontal e Praia de Leste.
A parceria entre classe artística, organizações que atuam pela conservação da natureza e outros interessados teve como objetivo unir esforços pela preservação do patrimônio natural do Litoral do Paraná, região que abriga o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do planeta. Segundo o diretor executivo da SPVS, Clóvis Borges, “o diálogo e a disposição de todas as partes são condições essenciais para que se garanta a conservação da paisagem natural da Mata Atlântica, que tem sofrido com a pressão de poderes políticos e econômicos.”
Durante a vivência, os participantes visitaram projetos de conservação das espécies do litoral, como o golfinho, o mero e o papagaio-de-cara-roxa, além de exemplos de negócios sustentáveis mantidos na região. O grupo caminhou também pela Reserva Natural Salto Morato, mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em Guaraqueçaba e pela Reserva Natural Guaricica, administrada pela SPVS em Antonina, onde plantaram mudas de espécies nativas.
A exemplo do clipe “Pare, Preste Atenção”, o grupo de artistas pretende lançar um novo trabalho, desta vez com foco na preservação da biodiversidade no litoral do estado. Para a atriz Verônica Rodrigues, que participou da experiência, “é impossível não sair transformado e com a bandeira da conservação no coração”. Ela destaca a vontade de mobilizar ainda mais pessoas para a causa. “Conhecer é o caminho para o sentimento de pertencimento tão perdido por nós brasileiros”, concluiu.
Por Assessoria de Imprensa