A bolinha tem o tamanho aproximado da utilizada em partidas de tênis, a quadra é similar à utilizada para a prática do futevôlei e os fundamentos estão próximos dos aplicados no futebol. Unindo essas três modalidades, o futebol de saco – ou futsac, como é mais conhecido – tem ganhado adeptos no Sul do país. No último sábado (29.03), a cidade de Curitiba recebeu mais um evento da modalidade: a sétima edição do Campeonato Brasileiro de Futsac, que contou com 20 atletas na disputa do título de melhor atleta nacional. A cerimônia de abertura da competição contou com a presença do diretor de Futebol Profissional do Ministério do Esporte, Ricardo Gomyde, além do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e do secretário de Esporte do Paraná, Evandro Rogério Roman, entre outras autoridades.
Segundo Ricardo Gomyde, a consolidação da modalidade contribui para aumentar o número de praticantes no país. “O futsac se concretizou após muita luta e empenho. Espero que a modalidade continue crescendo e ganhando mais adeptos em todo o país e, quem sabe, ultrapasse fronteiras e um dia vire um esporte olímpico”, disse o diretor do Ministério do Esporte.
O campeão da disputa foi o atleta William Alves, de Santa Catarina. O segundo lugar ficou com Giovann Zem, do Paraná, seguido pelo conterrâneo Gustavo Stepinski, que terminou com a terceira colocação.
Criada há sete anos pelo paranaense Marcos Juliano Ofenbock – que preside a Confederação Brasileira de Futebol de Saco (CBFSac) – a modalidade foi inspirada em um esporte praticado em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália. Na versão brasileira, o futsac pode ser jogado individualmente ou em duplas e o objetivo é derrubar a bolinha no campo adversário utilizando apenas os pés, pernas, tronco, cabeça e ombros. O esporte é praticado em uma quadra que mede 5 metros de largura e 10 metros de comprimento com uma rede divisória de 1,5 metro de altura.
Atualmente, a modalidade conta com cerca de mil praticantes e 120 atletas federados no país. “O futsac está se expandindo de forma muito grande nos últimos anos, já sendo praticado nos estados do Sul do Brasil, sendo os grandes polos de atletas as cidades gaúchas de Lajeado e Viadutos, as cidades catarinenses de Itapema e Blumenau e as cidades paranaenses de Japira e Curitiba”, explicou o presidente da CBFSac. Além da disseminação da prática esportiva, a modalidade tem uma preocupação: a sustentabilidade. Por esse motivo, as bolas para a prática do futsac são produzidas em crochê e têm um recheio de plástico granulado, que é reciclado de garrafas pet. “Uma grande vantagem desse esporte é que ele é muito barato de ser praticado e não necessita de um grande espaço. Além disso, ele tem a possibilidade de ser adaptado em vários tipos de piso”, completou Marcos.
Segundo o presidente da CBFSac, desde 2007 já foram realizados mais de 40 campeonatos do esporte, desde competições estaduais até torneios nacionais, e mais de 20 campeonatos abertos.