Além de colocar Curitiba no circuito do tênis mundial, a primeira edição do Festval Challenger, realizada no final de outubro no Graciosa Country Club, permitiu que diversos atletas em ascensão ou em início de carreira pudessem ter experiências com jogadores renomados internacionalmente e que hoje ocupam posições de destaque no ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
Os tenistas Kauã Gava, 20 anos, de Curitiba, e Gustavo Almeida, 17 anos, de Guarapuava, foram dois atletas convidados a participar da chave principal do torneio.
Gava, que joga tênis desde os 4 anos e atualmente é o número 1 do Paraná, enfrentou o uruguaio Gonzalo Villanueva na chave principal. Segundo ele, mesmo não tendo alcançado o resultado esperado no Festval Challenger, sentiu que estava bem-preparado e o campeonato lhe permitiu identificar os erros que precisam ser corrigidos.
“Em 2024, todos os meus objetivos estão voltados para o tênis profissional. Vou investir mais nos torneios profissionais brasileiros e ITFs Futures para conseguir pontos e participar”, afirmou o tenista que, até este ano, concentrava seu trabalho na categoria juvenil. “Foi um desafio muito grande para mim. Pude refletir para os próximos desafios. Espero jogar com mais gente desse nível. É isso que vai fazer subir meu nível”, destacou.
Outro atleta convidado foi Gustavo Almeida, do Instituto Ícaro. Duda Marcolin, coordenador geral do Instituto, elogiou o nível técnico do torneio e a oportunidade oferecida aos tenistas paranaenses. Gustavo jogou a chave principal contra o argentino Roman Andres Burruchaga. “A experiência de ter participado da chave principal de um torneio deste porte é importantíssima para a carreira de um jogador que está transitando entre a carreira de juvenil para a profissional”, destacou Marcolin.
O empresário Paulo Henrique Beal, da Rede de Supermercados Festval, que apoiou o Festval Challenger, disse que patrocinar um torneio de tênis está relacionado aos valores e princípios que o Festval busca disseminar entre os colaboradores e a sociedade. “Através do esporte você consegue chegar às mais variadas classes sociais, inclusive no tênis”, frisou, citando o exemplo do Instituto Raquetes Salvam Vidas e do Instituto Ícaro.
O Raquetes Salvam Vidas oferece aulas de tênis e treinamento a crianças e adolescentes com idades entre 4 e 18 anos da rede municipal de Curitiba e, durante o Festval Challenger, as crianças puderam atuar como boleiros durante os jogos, recolhendo as bolas de tênis nas quadras durante as partidas. “São atletas que estão em fase de formação e se espelham nos profissionais que hoje brilham nas quadras. Acompanhar de perto um torneio como o Festval Challenger e poder estar perto desses tenistas é uma experiência muito relevante para eles”, enfatizou Paulo Henrique.
Cristiano Nunes, coordenador Geral do Instituto Raquetes Salvam Vidas, disse que 20 crianças foram selecionadas para atuar como boleiros na primeira edição do torneio em Curitiba. Ele conta que a repercussão entre os pequenos foi tanta que eles já estão ansiosos aguardando por uma nova oportunidade em 2024.
O coordenador contou que para as crianças e adolescentes foi uma oportunidade de poder estar próximos aos tenistas profissionais de alto nível. “Para eles, foi muito importante a convivência com jogadores profissionais, acompanhar a rotina de treinos e jogos, ver o comportamento de cada atleta e perceber questões como disciplina, responsabilidade, ética e socialização”, enfatizou.
O Instituto Icaro, onde Gustavo Almeida treina desde os 13 anos, também oferece aulas de tênis para crianças e adolescentes que estudam em escolas públicas de Curitiba, além de aulas de xadrez. Ao todo mais de 5 mil crianças e adolescentes já foram beneficiadas em duas décadas de história.