Dinossauros Ingo Hoffmann, Chico Serra e Paulão Gomes receberam passe vitalício e status de embaixadores da Stock Car

Por Pedro Giulliano

Dentro da sala, entre dinossauros e aprendizes, estavam 26 títulos da Stock Car, que ano que vem completa 39 anos de existência. Em aritmética básica, dentro daquela sala estava toda a carga de todo passado e presente do automobilismo brasileiro. Em evento promovido pela empresa Hero, especializada em segurança online, e em parceria com a Vicar, a categoria tomou uma iniciativa que visa reverenciar a história da Stock e expandir o nome dela, usando do seu mais precioso tesouro: O passado glorioso e de grandes nomes.

Na lista de chamada e em ordem decrescente de triunfos, Ingo Hoffmann, 12 vezes campeão, Paulo Gomes, tetra campeão e Chico Serra, tri campeão, foram assistidos pelos também campeões Ângelo Giombelli, Afonso Giaffone, Ricardo Maurício e Rubens Barrichello, ao receberem da organização da categoria, em forma de homenagem, uma credencial vitalícia de passe para todas as corridas, além do título de embaixadores. De acordo com a organização, todos os campeões do certame, inclusive os em atividade, receberão esta homenagem nas próximas corridas, de forma a reverenciar a história da categoria que já passou por muitas dificuldades antes de passar por essa fase de sucesso.

Ingo, em seu discurso, relembrou algumas dessas fases e celebra a bonança da atual fase. “Nós passamos por vários períodos difíceis, em que a Stock quase morreu e só faltava jogar a última pá de cal. Hoje é muito legal ver a categoria nesse nível, com pilotos jovens que estão ganhando dinheiro, e as razões para isso na minha visão são duas: Primeiro que pra correr lá fora é muito caro, segundo que aqui na Stock Car tem condições dos pilotos se estabelecerem profissionalmente e ganharem dinheiro com isso, e isso só foi possível porque carregamos muitas pedras lá atrás”, frisa.

EMOÇÃO

Paulo Gomes, quando assumiu o microfone, fugiu do discurso tradicional, e mostrando uma cumplicidade com o amigo de longa data e de longas disputas, relembrou e dedicou a sua homenagem a Robert Hoffmann, filho duodecacampeão, que fatidicamente não venceu sua batalha contra um câncer cerebral em dezembro de 2015. “Muito bacana a iniciativa, mas a única coisa que eu tenho a falar é que eu tenho meu filho [Marcos Gomes] aqui atuando, o Chico tem o filho dele [Daniel Serra] por aqui atuando também, porém, aqui só faltou o filho do Ingo, que infelizmente faleceu”, e então, com a voz já embargada completou “eu gostaria realmente de dedicar toda essa homenagem ao Ingo e seu filho”.

Chico Serra assumiu o microfone e também não conseguiu terminar de discursar, tomado pela emoção dos ex-companheiros de pista. “Muito legal a homenagem, nós três já fizemos muitas coisas juntos, já fizemos muito pela categoria e é uma honra ser lembrado assim. É impossível não se emocionar desse jeito”, completa.

Num choro sincero e bonito, os três dinossauros se abraçaram junto com Reginaldo Leme, responsável pela apresentação e figura presente em toda essa história, no momento mais emocionante da cerimônia.

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