O tênis brasileiro teve mais uma baixa em Roland Garros. Thiago Wild, natural de Marechal Cândido Rondon, no Paraná, foi eliminado nesta quarta-feira (22) na segunda rodada do qualificatório do Grand Slam francês. Atual número 112 do ranking da ATP e segundo melhor brasileiro na lista, Wild não resistiu ao francês Geoffrey Blancaneaux, que venceu por duplo 6/3, em 1h28 de partida, no saibro parisiense.
A derrota encerra a participação de Wild na campanha de acesso à chave principal e também marca o fim da trajetória brasileira no quali masculino e feminino. Dos quatro representantes do país nesta fase, apenas o paranaense conseguiu avançar uma rodada. Laura Pigossi e Felipe Meligeni foram eliminados logo na estreia.
Agora, o Brasil deposita suas esperanças nos tenistas que já estavam garantidos diretamente na chave principal por ranking: Beatriz Haddad Maia, no feminino, além de João Fonseca e Thiago Monteiro, no masculino.

Desatenção custou caro
Wild começou a partida equilibrando as ações com o francês Blancaneaux, 270º do ranking e beneficiado por atuar diante da torcida. O brasileiro chegou a abrir 3/2 e teve três break-points no quarto game, mas não aproveitou. A partir daí, a partida mudou de rumo.
Cometendo erros em momentos cruciais, Wild sofreu três quebras consecutivas de saque, perdendo sete games seguidos, o que foi determinante para o resultado. Ele perdeu os quatro últimos games do primeiro set e os três primeiros da segunda parcial, ficando sem reação diante de um adversário que soube controlar o ritmo.
Blancaneaux, de 26 anos, demonstrou mais consistência: cometeu apenas 11 erros não forçados, contra 17 de Wild, e somou mais bolas vencedoras (15 a 11). O francês busca sua terceira aparição em uma chave principal de Grand Slam e agora enfrenta o vencedor entre o georgiano Nikoloz Basilashvili e o monegasco Valentin Vacherot por um lugar na chave principal.

Olhar para frente
Para Wild, a queda precoce representa uma interrupção no bom momento vivido em 2023, quando venceu seu primeiro título de ATP Challenger no ano e retomou o protagonismo entre os brasileiros no circuito. Apesar da eliminação, o paranaense segue em ascensão e tentará reagir nas próximas semanas, mirando uma volta ao top 100.
Enquanto isso, o Brasil aguarda a estreia dos seus principais nomes em Paris, com expectativas renovadas no saibro do Grand Slam francês.
Foto: Juarez Santos